Orientador: Luiz Fernando Martha
Dissertação: Um estudo sobre a distância entre o trabalho na arquitetura em saúde e seus usuarios finais
Data da defesa: 21/02/2020
Resumo
Os usuários finais de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) – os pacientes e seus acompanhantes – são, muitas vezes, invisibilizados na arquitetura em saúde. Há, assim, uma distância entre o trabalho do arquiteto e esses usuários, distância que aumenta ou diminui conforme a atuação do profissional. Por meio do método dialético, ou método de Marx, esta pesquisa busca entender e reconstruir a estrutura e a dinâmica dessa distância, analisando as relações que a compõem. A distância é, logo, tanto o ponto de partida quanto o objeto deste estudo. Os componentes da distância, apurados nesta pesquisa e perpassados pela aceitação de Risco como probabilidade de ocorrência de um evento danoso, são: (1) a relação entre arquiteto e contratante; (2) a relação entre Arquitetura e Saúde; (3) a relação entre Arquitetura e Engenharia em Saúde; (4) a relação entre o arquiteto e a Vigilância Sanitária; (5) a relação entre Arquitetura e gerenciamento de manutenção em EAS; e (6) a relação entre Arquitetura e o conceito de humanização dos ambientes em Saúde. Esses componentes nortearam a reconstrução teórica do movimento da distância por meio de análise de entrevistas feitas com profissionais de Arquitetura em Saúde atuantes no mercado privado e na Vigilância Sanitária, bem como por meio de breves considerações sobre a consulta pública que visou substituir a legislação mais importante desse campo de atuação, a RDC 50/2002 da ANVISA. O resultado desta pesquisa aponta caminhos para o aprofundamento teórico e a sistematização do processo de aproximação entre o trabalho na arquitetura em saúde e os usuários finais de EAS.