Pós-Graduação

Dissertações

A produção social e a política do risco: Um olhar sobre a dinâmica do risco socioambiental em Três Rios, RJ

2024
Autor: Felipe Moura Rodrigues

Orientador: Marcelo Motta de Freitas

Coorientadora: Rachel Coutinho Marques da Silva

Dissertação: A produçao social e a política do risco: Um olhar sobre a dinâmica do risco socioambiental em Três Rios, RJ

Data da defesa: 05/04/2024

Resumo

Atualmente, temas como mudanças climáticas e desastres naturais têm
sido pauta central nos debates urbanos. Nesse sentido, determinou-se como
objetivo geral do trabalho investigar os processos referentes à distribuição do
risco e à vulnerabilidade socioambiental dentro do limite municipal de Três Rios,
RJ. A escolha desse município como estudo de caso justifica-se pela frequência
com que episódios de alagamento, enchentes e inundações, em períodos de chuvas
intensas, têm assolado a região. Para a investigação proposta, a metodologia
utilizada consistiu em entender o processo de formação do risco como um ponto
de intersecção entre os conceitos de geossistema e formação socioespacial. Isso
implicou na revisão sistemática de bibliografias relacionadas aos temas e de
documentos oficiais como os planos diretores municipais. Essa investigação foi
embasada tanto em dados obtidos de forma primária, por meio de trabalhos de
campo para realizar análises da paisagem geomorfológica e entrevistas
semiestruturadas com a população; quanto de forma secundária, obtidos no censo
do IBGE (2010), INMET, Mapbiomas e outros. A pesquisa apontou que o risco é
produzido socialmente e, ao se tratar de alagamentos, inundações e enchentes no
tecido urbano, a produção desigual do espaço protagoniza o cenário. Nesse
sentido, destacam-se os fenômenos de urbanização, o desenvolvimento do
município sem o planejamento adequado e a especulação imobiliária acrescida de
um processo de periferização/favelização da classe trabalhadora, o qual apresenta
impactos econômicos, sociais e ambientais para a população. Ademais, as
entrevistas apontaram que o poder público municipal tem muito a fazer no que diz
respeito aos macroprocessos que envolvem a gestão dos riscos: o município
necessita focar em políticas de base que atuem na raiz do problema.

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