FRESTA 02 convoca uma discussão em torno da questão construtiva. Aproveitamos, assim, a aula inau-
gural oferecida pelo arquiteto paulista Marcos Acayaba em maio de 2007 para abordar a questão da arqui-
tetura como processo construtivo e tecnológico e como adaptação às condições materiais e construtivas
do lugar. Uma discussão iniciada dentro do próprio movimento moderno e acentuada nesses discursos
de Reyner Banham e que, de uma maneira ou de outra, participaram da arquitetura paulista de 1960. Para
não falar só em Brutalismo, procuramos uma tradução mais antiga de Banham, Machine aesthetes, na qual ele
identifica as primeiras manifestações de índole construtiva de 1950. Banham é um grande observador da
arquitetura do seu tempo e conduz uma linha de crítica que aponta o início da abordagem da arquitetura
como produto, como processo construtivo, e finalmente como processo tecnológico.
Seguindo esse fio condutor, há o artigo do arquiteto e professor Diego Portas que destaca o processo
projetual como ética construtiva, o que está diretamente ligado ao processo de ensino de projeto do ateliê
do terceiro período do DAU/PUC- Rio, ministrado então por Portas e Marcos Favero.
O artigo de Ruth Verde Zein faz uma introdução histórica ou ideológica sobre o meio arquitetônico de
Marcos Acayaba, rejeitando, porém, a continuidade da chamada Escola Paulista na produção atual.
Apresentamos também o Projeto Final de uma agora ex-aluna do Curso de Arquiteturte Urbanismo da
PUC-Rio, Marcela Marques Abla, que, orientada pelo professor Fernando Betim, projetou um sistema
construtivo com madeira de refugo para uma pequena habitação experimental voltada à pesquisa ambien-
tal. O projeto recebeu em 2007 o “Prêmio Arquiteto do Amanhã” do IARJ e o Prêmio FIRJAN “Desafio
Rio Criativo”.
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