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06.11.16
SER URBANO 2016

O Ser Urbano é um evento anual do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio. É organizado por alunas e alunos e, por isso, reflete nossas inquietações e busca estimular o pensamento crítico e criativo no ambiente acadêmico. A semana, que reúne mesas redondas, debates e exibições de filmes, chega a sua 7ª edição, e tem como tema Projeto, Ficção e Imaginação.

O debate sobre nossa conjuntura social, política e cultural é inerente aos debates no campo da Arquitetura e do Urbanismo. Essa necessidade de transversalidade nos possibilita - e exige - um diálogo com diversas disciplinas. Nesse sentido, vimos a importância de incorporar essa interdisciplinaridade no evento, buscando trazer outras áreas para o debate, utilizando esse espaço como um posicionamento frente a reforma de currículo pela qual o curso está passando. Precisamos questionar aqui qual é o papel da nossa profissão.

Nesse contexto, percebemos uma questão urgente a ser debatida: o projeto. Não em sua forma concreta e eternizada, mas em seu processo imaginativo, na fase com a qual lidamos durante a faculdade. Em um ateliê de projeto - o eixo central do curso de arquitetura da PUC-Rio -, é um hábito identificar tipos de projetos. Existem aqueles mais práticos e com um "compromisso com o real" - realidade essa muitas vezes restrita aos desejos de um mercado - e aqueles que buscam fugir de uma "verdade" projetual, buscando uma relação maior com a teoria. Mas por que esses projetos frequentemente precisam enfrentar uma resistência? Existe um jeito certo de projetar? Se todos os projetos acadêmicos permanecem no papel, o que faz de uns mais reais do que outros? São os limites entre categorias - aparentemente - opostas que queremos questionar, entre a "realidade" e a "ficção", ‘’real’’ e ‘’imaginário’’, “prática” e “teoria”, “projeto” e “construído”, "certo" e "errado".

Buscamos, então, levantar um questionamento em relação à função pedagógica do ateliê de projeto. Precisamos nos perguntar se este método pode ser impositivo, em sua busca constante pelo enquadramento de nossas estratégias projetuais. Como o desejo pelo real, pode virar - ou já virou - um obstáculo para o questionamento do mesmo? Como novas ferramentas podem subverter nosso processo pedagógico? Qual é a importância da busca por outras formas de pensar arquitetura? Certamente não podemos ignorar a realidade, mas são os métodos para abordá-la em nosso meio acadêmico que pretendemos debater. Acreditamos que é preciso assumir o caráter ficcional de qualquer projeto acadêmico e entender o propósito pedagógico desse exercício, para então questionar a instituição que legitima apenas algumas ficções autorizadas. Talvez ainda nos falte imaginação.

Para a programação de cada dia clique nos links abaixo:

DIA 1 (07/11 - segunda-feira)

DIA 2 (08/11 - terça-feira)

DIA 3 (09/11 - quarta-feira)

DIA 4 (10/11 - quinta-feira)

DIA 5 (11/11 - sexta-feira)

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